Homem falsificava bebidas e lucrava R$ 20 mil por semana em Campo Grande

Distribuidora clandestina operava no Jardim Eliane com garrafas adulteradas e selos falsificados

16 MAI 2025Por Mateus Adriano11h31

Um homem de 31 anos foi preso em flagrante nesta quinta-feira (15) em Campo Grande (MS), acusado de operar uma distribuidora clandestina de bebidas falsificadas com rendimento estimado de R$ 20 mil por semana. A prisão foi realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON).

A investigação apontou que o suspeito vendia, em média, 72 garrafas adulteradas por dia de segunda a quinta-feira, e cerca de 200 aos finais de semana. As bebidas, comercializadas como whisky de marcas renomadas, eram envasadas com líquidos manipulados e seladas com materiais falsificados.

Durante a ação, realizada no bairro Jardim Eliane, os policiais apreenderam 87 garrafas cheias, 551 selos públicos falsificados, 160 tampas de marcas famosas, 116 dosadores, lacres, um soprador térmico, quatro garrafas PET com produtos para aromatização, garrafas vazias e outros insumos usados na falsificação.

Também foram recolhidos itens de valor, como pulseiras de ouro, relógios, uma BMW e uma motocicleta Kawasaki.

A investigação começou após a apreensão de bebidas adulteradas em comércios dos bairros Moreninhas, Centenário e Carandá Bosque.

Também foram apreendidos selos usados nas garrafasTambém foram apreendidos selos usados nas garrafas | Foto: Polícia Civil

Os selos fixados nas garrafas não eram impressos em papel moeda nem seguiam os padrões da Casa da Moeda, além de algumas embalagens trazerem etiquetas em espanhol e origem paraguaia, em desacordo com a legislação.

Mesmo após ser alertado por outro investigado e tentar dificultar o trabalho da polícia mudando de endereço, o homem continuou operando até ser preso em flagrante.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos, incluindo comerciantes que adquiriam as bebidas falsificadas. Eles podem responder por receptação qualificada e indução do consumidor a erro.

A Polícia Civil reforça o apelo para que a população denuncie estabelecimentos suspeitos. As denúncias podem ser feitas pelo e-mail [email protected], com garantia de sigilo.

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