O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) investiga um esquema de fraudes em contratos de serviços médicos que pode ter causado prejuízo superior a R$ 3 milhões aos cofres públicos entre 2019 e 2024.
As apurações motivaram a deflagração da Operação “Auditus”, nesta terça-feira (1º), com o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão nos municípios de Nioaque, Bonito e Jardim.
As investigações são conduzidas pela 1ª Promotoria de Justiça de Nioaque e pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).
Segundo o MPMS, foram identificadas irregularidades tanto nas licitações quanto na execução dos contratos para a prestação de serviços médicos especializados, como consultas, exames e outros procedimentos clínicos.
Entre os indícios levantados, estão cobranças por exames não realizados, incluindo testes de triagem auditiva neonatal, o chamado “teste da orelhinha”, o que inspirou o nome da operação — Auditus é a palavra latina para “audição”.
As ordens judiciais foram expedidas com base nas evidências já reunidas pelo Ministério Público. As investigações continuam sob sigilo.