Polícia suspeita que menino de 3 anos morto afogado em caixa d'água tenha se desequilibrado

Criança estava brincando em caixa d'água usada como bebedouro para cavalos na tarde de quarta-feira (1°)

03 JAN 2025Por Wander Ferreira13h59

A Polícia Civil suspeita que o menino de 3 anos que morreu afogado em uma caixa d’água na zona rural de Caarapó, tenha se desequilibrado enquanto brincava. A criança morreu na tarde de quarta-feira (1°) após ser encontrado pelo irmão mais velho afogado na caixa. 

Na manhã desta sexta (3), o delegado Ciro Carlos Jales Carvalho, titular da delegacia de Caarapó, explicou que a polícia trabalha com a hipótese de que o menino tenha se afogado após um desequilíbrio. 

O delegado ainda afirmou que acredita-se que a caixa d’água onde ocorreu o afogamento tenha em torno de 1 metro e que a criança seja um pouco menor. Contudo, não há nada concreto e as investigações continuam para que o caso seja concluído. 

Assim como o pai, a mãe do menino deve ser ouvida na próxima segunda-feira (6) na Delegacia de Polícia Civil. Outros familiares e testemunhas que estavam no local no momento do afogamento serão ouvidas para detalhar com clareza os fatos.

Pai disse que foi avisado pelo filho mais velho

A vítima estava em casa acompanhada da mãe e do irmão mais velho, porém, permaneceu alguns minutos sozinha e se afogou em uma caixa d’água usada como bebedouro para cavalos.

Levado às pressas para o hospital, o menino estava no colo do irmão mais velho e foi entregue aos militares, os quais iniciaram o atendimento com o PCR (manobras de ressuscitação cardiopulmonar).

O delegado Ciro Carlos ressaltou que recebeu a ocorrência no dia 1°, por volta das 18h30, quando a criança havia sido levada ao hospital como vítima de asfixia. Na ocasião, houve a tentativa de realizar manobras para reanimá-la, mas, sem êxito.

Na quinta-feira (2), o delegado disse que ouviu o pai da vítima, o qual ressaltou que não estava em casa na ocasião e que seu filho mais velho ligou dizendo que o menino havia se afogado na caixa (depósito) de água dos cavalos.

O homem também informou que o filho tinha síndrome de Down e gostava de brincar perto da caixa. Segundo o pai, a esposa estava em casa, porém, não presenciou o momento em que o filho
teria se afogado.

A reportagem também entrou em contato com o Hospital Beneficente São Mateus, que confirmou o atendimento e a idade do menino. No entanto, infelizmente, ele não resistiu.

Com 3 casos de crianças afogadas, confira orientações para evitar acidentes com água

Na tarde de quarta-feira (1°), por volta das 15h44, mais um caso de afogamento de criança foi registrado em Mato Grosso do Sul, dessa vez, no município de Anastácio, município a 137 km de Campo Grande. Conforme a mãe, a criança tem 5 anos e foi encontrada desacordada na piscina da residência.

Este é 3° caso de afogamento de criança durante o período de recesso e o 2º em 2025. Infelizmente, os dois primeiros evoluíram para óbito.

Orientações em casos de afogamento

  • Caso presencie um afogamento, só tente salvar a vítima se for habilitado e esteja em boas condições físicas para a ação; caso contrário, se for possível a aproximação, lance algum objeto flutuante (boia, isopor, prancha, etc) que ajude a vítima a flutuar ou que possa agarrar e ser tracionada para a margem (cordas, galhos com boa resistência, etc.);
  • Acione o guarda vidas ou o Corpo de Bombeiros Militar através do telefone de emergência 193;
  • Piscinas de clubes e condomínios devem possuir acessos restritos e placas com informações;
  • Pais e/ou responsáveis devem dedicar atenção integral às crianças;
  • A existência de guarda-vidas não substitui a atenção e responsabilidade dos pais e/ou responsáveis;
  • Não faça uso de bebidas alcoólicas antes ou durante a permanência na água;
  • Obedeça às orientações e determinações dos guarda-vidas;

Além disso, os Bombeiros orientam a respeitar as sinalizações de alerta e proibição:

  • Evite brincadeiras que coloquem a segurança em risco, tais como “briga de galo”, “caldo”, competições de apneia (segurar o fôlego), entre outras;
  • Evite mergulhos “de ponta” em locais que não possuam conhecimento sobre a profundidade e relevo subaquático.

Cuidados em rios, balneários e piscinas

  • Alimente-se com moderação, prefira comidas leves e não mergulhe alcoolizado;
  • Procure sempre um local com segurança de guarda-vidas;
  • Sempre que for nadar, avise um parente sobre o local para onde está indo e a hora programada para retorno;
  • Crianças não devem brincar em piscina sem a supervisão de um adulto. Mas não as deixe sob cuidados de pessoas estranhas;
  • As crianças não devem brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água ou simular que estão se afogando;
  • Não permaneça perto de embarcações;
  • Cuidado com o limo nas pedras, ele pode fazer você escorregar e cair na água.

Casos recentes de morte por afogamento em MS

Dois casos de afogamento vitimaram duas crianças em Mato Grosso do Sul durante o período de recesso. O primeiro caso ocorreu em Bonito, cidade a 260 km de Campo Grande, no dia 31 de dezembro.

Conforme apurado, a criança se afogou em uma área parcialmente rasa, próximo ao tobogã. A família da criança é de Dourados e passava o final de ano na cidade turística. No local, o garoto foi socorrido por guarda-vidas, três médicos que lá estavam e posteriormente pelo Corpo de Bombeiros.

Foi feita a reanimação do menino no local e depois pelos militares, que o encaminharam ao hospital da cidade, porém ele faleceu.

Informações MidiaMAx

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