Testemunhas e crianças são ouvidas e coordenador de universidade acusado de estupro será intimado

Irmãos contaram que foram estuprados nas férias pelo tio

27 JUL 2021Por Redação10h45

Testemunhas ainda estão sendo ouvidas sobre o caso das duas crianças que foram estupradas pelo tio, o coordenador de um curso em uma universidade em Mato Grosso do Sul, segundo a delegada da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Marília de Brito.

Segundo a delegada, os irmãos prestaram depoimento especial, na delegacia, e depois de ouvir todas as testemunhas é que o professor será intimado para prestar esclarecimentos. Ainda não há data para que ele seja ouvido, e detalhes dos depoimentos prestados não foram revelados. 

A descoberta do crime

O pai de dois adolescentes, de 11 e 14 anos, procurou a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), no dia 19 deste mês, para denunciar o tio de seus filhos pelo crime de estupro. As crianças eram abusadas pelo homem desde os 5 anos.

O motorista de aplicativo, de 43 anos, contou a reportagem que a filha, que hoje está com 14 anos, contou à mãe, no dia 17 sobre o abuso. A mulher estava com os filhos em uma chácara quando a menina resolveu falar sobre os estupros, que acontecia desde que ela tinha 5 anos. O tio a fazia ficar sem roupas e passava as mãos em seu corpo. Ao saber dos fatos, a mulher retornou para Campo Grande, onde revelou ao marido o que aconteceu.

Em conversa com o outro filho do casal, um menino de 11 anos, ele revelou que também era estuprado pelo tio desde os 6 anos, e que em uma das ocasiões a mulher do autor flagrou o abuso e nada fez.

“A gente nunca imagina que isso vai acontecer. A gente tinha muita consideração por eles, tanto que as crianças ficavam na casa deles”, diz o pai, revoltado com a situação. O motorista de aplicativo ainda contou que antes de registrar o boletim de ocorrência recebeu mensagens da esposa do coordenador pedindo para que não fossem à polícia já que o marido tinha um alto cargo e poderia perdê-lo. 

O pai dos adolescentes relatou que a filha disse que, quando fez 10 anos, ela teria falado para o autor que se continuasse a mexer com ela chamaria o Conselho Tutelar e, daí em diante, o homem passou a abusar do irmão da garota. 

Nota da universidade

A reportagem entrou em contato com a universidade para saber sobre as providências a serem tomadas, e em nota foi dito que "A universidade não foi notificada judicialmente e aguarda as apurações pelas autoridades competentes."

 

 

Reprodução: Mídiamax

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