Contra tendência mundial, divórcios diminuem em Mato Grosso do Sul

O Estado apontou queda de 37,47% de separações na pandemia

27 MAI 2020Por Wander Ferreira16h29

O isolamento social tem causado aumento de divórcios pelo mundos e diversos estados do Brasil, mas essa tendência não está ocorrendo em Mato Grosso do Sul.

 

 Desde o início de março até 24 de maio, foram registrados 858 divórcios em Mato Grosso do Sul, 482 divórcios consensuais e 376 divórcios litigiosos. No mesmo período de 2019, foram 1.372, 741 consensuais e 631 litigiosos. Os dados são do Tribunal de Justiça (TJMS)


 

O presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado (Arpen-MS), Marcus Vinícius Machado Roza não vê nenhum fator direto que possa ser motivo da diminuição. “Até mesmo porque a Covid-19 tem uma realidade diferente do Brasil aqui no Estado, porque os cartórios continuaram trabalhando sem fechar, apenas com restrição para não gerar aglomeração”, relatou.


 

Antes da pandemia do novo coronavírus, a cada 3 casamentos, 1 resultava em divórcio no Brasil. Fator que se agravou na quarentena porque as relações conjugais tendem a ficar mais intensas com o convívio interrupto. “Tanto a mulher como o homem, saíam para o trabalho, tinham outras coisas que os motivavam, outras pessoas para conversar ou desabafar. Agora todos ficam confinados no mesmo lugar, nenhum dos dois tem outro meio de escape”, explicou a psicóloga e psicanalista Marilene Kovalski.


 

Contudo, não há explicações concretas da razão do índice ter diminuído na Capital. “A população pode ter deixado de comparecer por temer o contágio da Covid-19”, ponderou Marcus. “Comparando apenas um ano, penso que pode ser coincidência ou até mesmo demanda represada, porque as pessoas não querem sair de casa”, concluiu.


 

Marilene relatou que como a pandemia é um evento muito recente, não há como apontar motivos exatos para a fatores que acontecem em decorrência ao isolamento social. É necessário haver estudos e pesquisas que possivelmente serão realizados quando a doença passar.

 CORREIODOESTADO

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