Em Maracaju, escola usa tecnologia e supera distâncias entre professores e estudantes

31 MAR 2020Por Vinícius Espíndola06h00

Durante período de suspensão das atividades presenciais, EE Cel. Lima de Figueiredo faz uso de ferramentas digitais, como WhatsApp e Classroom, para simular contato de sala de aula

Campo Grande (MS) – Cerca de 210 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino (REE) estão com as aulas presenciais suspensas, desde o último dia 23 de março, devido as orientações preventivas contra a Covid-19. Apesar da distância entre professores e estudantes, não faltaram alternativas criativas por parte dos gestores escolares que criaram ferramentas e aproveitaram outras que já faziam parte do cotidiano dos alunos para manter o contato frequente de sala de aula, agora pela internet.

Em Maracaju, a Escola Estadual Cel. Lima de Figueiredo, que recentemente completou 90 anos de existência, está encontrando na tecnologia e dedicação conjunta da equipe escolar, o caminho para manter o contato e atender as demandas dos estudantes por conteúdos atualizados durante a suspensão das aulas presenciais. Por lá, a saída adotada foi o somatório entre uma das principais ferramentas apresentadas pela plataforma Protagonismo Digital, da Secretaria de Estado de Educação (SED), Google Classroom, e o popular aplicativo de mensagens: WhatsApp.

Ferramenta digital

Ferramentas digitais utilizadas, WhatsApp e Classroom

Larissa Barbosa Padilha, professora de Língua Portuguesa há nove anos, menciona que a instituição está utilizando as duas formas de comunicação para trabalhar com estudantes, além da troca de e-mails. “Nós planejamos nossas aulas, colocamos em PDF, lançamos no grupo, colocamos as orientações. Os estudantes interagem conosco, fazendo questionamentos, tiram dúvidas”, menciona.

“Os estudantes que não podem acessar pelo celular, mas possuem computador em casa, recebem as atividades por e-mail. Já o Google Classroom [sala de aula, em inglês] é uma plataforma nova e a maioria dos professores não tinham contato, porém facilitou o trabalho por ser uma plataforma individual. Notamos, ainda, que a maioria dos estudantes possuem celular, mas não utilizavam para atividades. Hoje [a ferramenta] enriquece o aprendizado de todos ”, finaliza professora Larissa.

Professora Ana Flávia interagindo com os estudantes através do Google Classroom.

Ana Flávia Saravy, formada em Letras há 12 anos, relata que o momento é de superação. “Inicialmente foi dificultoso para responder aos trabalhos pelo aplicativo. Agora, com a prática, está mais fácil e estou gostando, as ferramentas são ótimas. Estamos nos desdobrando para superarmos este momento”, destaca.

A professora Ana Flávia citou – também – que toda a equipe de gestão escolar está envolvida para superar qualquer dificuldade que possa surgir e destacou o crescimento que a situação propicia. “Estamos recebendo todo respaldo possível para diminuir ao máximo o impacto aos estudantes. Iremos sair desta pandemia com uma experiência incrível, estamos otimistas e empenhados”, enfatiza Ana Flávia.

Leonardo, do 1º ano do EM, usa o aparelho celular para acessar a plataforma de estudos

O estudante do 1º ano do Ensino Médio, Leonardo Ferreira, relata que está se adaptando com a plataforma. “No começo das atividades on-line, eu não me dava muito bem. Tinha muitas dificuldades para responder as perguntas, mas agora eu estou achando bom, já que é uma maneira mais tecnológica de aprendermos. As atividades são todas excelentes e os professores explicam muito bem”, conclui Leonardo.

Outra estudante do Ensino Médio que está se adaptando com a situação é Laís Cristaldo Lemos, do 3º ano. “Inicialmente, pensei que seria um pouco difícil para responder as atividades e entender, porém, tive muita facilidade para usar o aplicativo Google Classroom, para responder as atividades de todas as matérias e está sendo muito legal aliás”, detalha.

Em 2020, a Escola Estadual Cel. Lima de Figueiredo conta com 620 estudantes matriculados do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ao 3º do Ensino Médio. De acordo com a diretora, Gislaine Silva, que acaba de assumir a gestão da unidade, os grupos foram divididos de acordo com as áreas atendidas.

“A coordenação realizou uma tabela de horário, onde três professores – por turno – ministram suas atividades pelas plataformas digitais. Já para os estudantes atendidos pela educação especial, as atividades são entregues ao próprio estudante ou responsável. (…) Cada série tem um grupo de trabalho e estimulamos os pais a levarem o número do celular dos estudantes para que eles possam ser inseridos nos grupos. Apesar das dificuldades, estamos tendo resultados positivos”, finaliza a diretora.

Texto: Adersino Junior – Secretaria de Estado de Educação (SED)

Foto: Divulgação

Deixe seu Comentário