O Ministério da Saúde promove neste sábado (17/10), em todo o Brasil, Dia ‘D’ da Vacinação, do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo o ministério, é uma oportunidade de atualização das cadernetas de vacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Dezoito vacinas diferentes estão disponíveis, para a prevenção de doenças como sarampo, febre amarela e rubéola, caxumba e hepatites A e B, entre outras.
O ministério estima que cerca de 11 milhões de crianças com idade entre 1 e 5 anos devem tomar a vacina oral contra a poliomielite (VOP), desde que tenham recebido as três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), do esquema básico de vacinação. A meta anunciada pelo MS é a de vacinar pelo menos 95% das crianças. Crianças até 11 meses e 29 dias deverão ser vacinadas conforme indicações do Calendário Nacional de Vacinação, com a VIP.
Vacinas Pendentes
Mas o ministério já anunciou que vai estender o programa de multivacinação em mais de 40 mil postos de vacinação espalhados pelo país até o dia 30 de outubro porque a cobertura vacinal, em especial de crianças e adolescentes, ainda está muito aquém das expectativas.
Segundo números do Ministério da Saúde, mais de 7,7 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anos não foram vacinadas contra a febre amarela em 2019. Mais de 24,8 milhões da mesma faixa etária não se vacinaram contra a Hepatite B, e outros 4,3 milhões de adolescentes de 11 e 12 anos não se imunizaram contra a meningite.
No caso da vacina contra o HPV, 73,6% das meninas com idade entre 9 e 15 anos tomaram apenas a primeira dose e apenas 46% delas, a segunda dose. Entre os meninos entre 9 a 14 anos, que foram alvo de campanha, a vacinação foi de apenas 36,2% para a primeira dose e de 9,2% para segunda dose.
Em nota, o Ministério da Saúde (MS) informou que os postos de saúde estão adaptados para evitar risco de contaminação pela covid-19, e que vem dando orientações para que as ações de vacinação sejam realizadas conforme as recomendações sobre distanciamento social, com lavagem das mãos, uso de álcool em gel e máscara.
O ministério ressalta o aumento da resistência ou do descuido da população em relação à vacinação, que têm crescido nos últimos anos. “Como consequência, doenças que já estavam eliminadas no Brasil voltaram a ser um problema para a saúde de todos, como o sarampo, por exemplo”, alerta o ministério.