Três deputados estaduais serão designados para integrar uma comissão temporária, encarregada de mediar as negociações salariais entre o Governo do Estado e a Polícia Civil. A criação do grupo foi anunciada nesta terça-feira (3) pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro, uma semana após a categoria ter solicitado apoio dos parlamentares.
Durante o encerramento da sessão ordinária de hoje, o presidente esclareceu que os nomes dos parlamentares ainda serão definidos, e a formalização da comissão será feita por meio de publicação no Diário Legislativo.
O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), membro da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social, pode ser indicado para integrar o grupo de mediação. Caravina foi alvo de críticas dos policiais civis durante uma manifestação na última quinta-feira, após se referir à mobilização da categoria como uma “greve branca”.
Os agentes e peritos oficiais estão reivindicando que o governo cumpra a promessa feita em 2016, de elevar o salário da categoria para a 6ª posição no ranking nacional. Atualmente, os peritos oficiais pedem um reajuste de 69%, enquanto os policiais civis solicitam 18%, ocupando hoje a 18ª e 21ª posições no ranking, respectivamente.
Os presidentes do Sinpof-MS (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul), Francisco Orlando, e do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa, estiveram presentes na Assembleia Legislativa para exigir a criação da comissão.
Quanto à paralisação, Barbosa anunciou que nesta quinta-feira (5) as categorias interromperão as atividades por quatro horas, das 8h às 12h, em todos os municípios do estado. “Somente os serviços essenciais nas delegacias, como prisões em flagrante e medidas protetivas, estarão funcionando. Demais atividades, como registro de boletins de ocorrência, intimações e oitivas, serão suspensas e os policiais vão se concentrar em frente às delegacias, em um dia de alerta”.