Deputada quer instituir Programa Sinal Vermelho para pedido de socorro de mulheres

15 JUN 2021Por Evellyn Abelha10h12

Mato Grosso do Sul pode contar com mais uma lei para proteção de mulheres vítimas de violência. A deputada Mara Caseiro (PSDB) apresentou nesta terça-feira (15) o Projeto de lei 169/2021 para instituir no Estado o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho - como mecanismo de pedido de socorro e auxílio às mulheres em situação de violência doméstica ou familiar. A iniciativa é uma forma de combate e prevenção à violência doméstica prevista na Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).

O código Sinal Vermelho caracteriza pedido de socorro apresentado pela vítima mulher – a qual expõe a marca de um "X" na palma da mão. De acordo com a proposta, o código também poderá ser identificado por outros meios, como o sonoro, através da reprodução das palavras Sinal Vermelho pela vítima.

Sinal caracteriza pedido de socorro de mulheres vítimas de violência
Foto: Wagner Guimarães

“A proposta em questão é uma resposta do Legislativo do Estado às mulheres vítimas de violência doméstica que, de maneira discreta, por meio de código falado e/ou sinal marcado na palma da mão, poderão ter ampliadas as suas possibilidades de pedido de socorro e ajuda, seja nas farmácias partícipes ou nas repartições públicas do Mato Grosso do Sul”, afirmou a autora da proposta.

Ao identificar o pedido de socorro, a pessoa deverá proceder conforme o protocolo básico do programa, direcionando a vítima para um local discreto a fim de coletar seu nome, endereço e telefone. Logo após, o serviço de emergência da Policia Militar (190) deve ser acionado para informar os dados e solicitar auxílio à vítima.

O agente responsável pelo auxílio prestado à vítima não deverá ser identificado no boletim de ocorrências da Polícia Civil e Militar, salvo se testemunha de delito autônomo praticado nas dependências do local contra a vítima. O Poder Executivo fica autorizado a promover ações para a integração e cooperação com demais órgãos para a promoção e efetivação do programa.

"Trago esse projeto para a possibilidade das vitimas denunciarem de uma forma que não chame atenção do agressor e para que elas tenham ajuda nesse momento. Que essa mulher saia desse ciclo de violência", destacou a deputada.

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