Na CPI, Marçal cobra Energisa o motivo pelo qual MS tem umas das tarifas mais caras

03 DEZ 2019Por Flávio Verão09h08

O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) quer saber da Energisa os motivos que levaram Mato Grosso do Sul ter uma das tarifas de energia elétrica mais cara do País. Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado ocupa a nona posição do ranking dos estados com tarifa mais cara, sendo 0,609 por quilowatt-hora. O parlamentar apresentou requerimento na CPI da Energisa com uma série de questionamentos.

Entre as respostas requeridas, Marçal quer saber quem é o fabricante dos medidores de consumo de energia elétrica instalados pela empresa nas residências e indústrias de Mato Grosso do Sul e quais critérios a Energisa empregou na escolha do fornecedor.  Também solicitou explicação da concessionária sobre em que momento é realizado o aferimento dos medidores de consumo pelos órgãos de controle, como Inmetro e Agência Estadual de Metrologia e qual o prazo de validade desse aferimento.

No documento entregue na CPI, Marçal Filho ainda questiona o percentual de confiabilidade dos medidores usados pela Energisa em Mato Grosso do Sul e como a empresa explica as diferenças apuradas por consumidores que instalaram medidores por conta própria para aferir o consumo.

Localizado próximo às regiões Sul e Sudeste, Mato Grosso do Sul é cercado por hidrelétricas como a Sérgio Motta e a Itaipu, dispondo ainda de fontes alternativas de geração de energia, como a produzida por usinas de cana-de-açúcar, Marçal quer explicações sobre o motivo do Estado ter a nona energia mais cara do Brasil. O deputado também quer saber os critérios estabelecidos pela Energisa para calcular o custo de distribuição da Energia aos consumidores, levando em conta que os linhões de transmissão já estão instalados e toda rede de distribuição está consolidada.

Apesar de não ser titular na Comissão formada por cinco parlamentares que vão conduzir os trabalhos na CPI, Marçal afirma que vai contribuir para que as investigações sejam rigorosas. “Precisamos de respostas para questões que afetam diretamente a vida do consumidor sul-mato-grossense, como, por exemplo, por que o quilowatt-hora cobrado no Estado do Acre é mais barato que o de Mato Grosso do Sul. Enquanto os acreanos, que residem no extremo Norte do país pagam R$ 0,598 por quilowatt-hora, os sul-mato-grossenses pagam R$ 0,609 por quilowatt-hora que consumem”, diz o parlamentar.

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