População negra de Campo Grande está concentrada nas periferias, indica estudo repercutido

17 JUN 2021Por Thiago Frison13h25

Uma das várias formas de representar dados é por meio da cartografia – uma arte, que segundo o IBGE, representa espacialmente por meio de mapas qualquer levantamento, seja ambiental, socioeconômico, educacional e vários outros. Dados de Campo Grande aplicados a mapas revelam grandes abismos sociais – e esse é o tema da nova edição do MS em Pesquisa, da TV ALEMS.

Mapa mostra que população negra se concentra na periferia

Thiago Frison conversou com o pesquisador Higor Cirilo da Costa, estudante de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A partir de dados do IPEA, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, e com a ajuda de softwares, ele criou mapas que evidenc

iam as características socioeconômicas da capital de MS.

Várias representações foram produzidas durante a pesquisa, que foi orientada pela professora Flávia Akemi Ikuta, entre elas: onde moram a população negra da cidade e os mais ricos, onde estão serviços de saúde avançados e de educação, entre outros. Um dos principais apontamentos do estudo é o apontamento de que a população negra se concentra mais na periferia, enquanto os 10% mais ricos na região central da cidade – onde também estão vários serviços públicos e uma maior qualidade de vida.

Segundo Higor, essa característica da ocupação do território repete fenômenos de outras capitais brasileiras, e tem muito a ver com o processo de formação das cidades – a vinda de europeus e escravos trazidos da África, que após a Lei Áurea, ocupavam áreas pobres e pouco urbanizadas.

O MS em Pesquisa é exibido no canal 9 da Claro Net, em Campo Grande, às 16h30 nas terças e quintas-feiras, às 15h aos sábados e às 16h, aos domingos. Veja abaixo o programa na íntegra. Também é possível conferir este programa e outros já exibidos pelo canal do YouTube da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. 

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