Para evitar que moradores de Caarapó tenham que suportar mais um tributo, nesse momento de crise que atravessa o país, o prefeito de Caarapó, André Nezzi (PSDB), anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (SFT). Nezzi, que também é vice-presidente da Assomasul (Associação dos Municípios do MS), disse ainda que vai procurar a entidade para que os demais administradores municipais não sejam forçados a impor mais esse ônus ao contribuinte.
De acordo com o chefe do executivo municipal, a Procuradoria Jurídica do município vai ingressar com uma ação para que os moradores da cidade não tenham de arcar com mais um imposto obrigatório, a cobrança da chamada “Taxa do Lixo”, conforme exigência do Governo Federal, por meio da Lei 14.026, de 15 de julho de 2020, que instituiu o Marco Regulatório do Saneamento Básico.
"Vivemos um período difícil por conta da pandemia e após conversas com empresários, trabalhadores e nossos vereadores, chegamos à conclusão de que não é o momento adequado de repassar um novo imposto ao contribuinte. Vamos discutir na Justiça para não sermos obrigados a cumpri-la e cometer uma injustiça com a nossa população", disse o prefeito.
Lei
O artigo 7º da Lei Federal 14.026/20 - que trata da uniformidade regulatória do setor de saneamento básico aponta que os municípios brasileiros teriam que instituir obrigatoriamente a taxa do lixo até 15 de julho deste ano, sob pena de crime de responsabilização do prefeito. Entretanto, Nezzi entende que isso fere a autonomia de gestão, prevista pela Constituição Federal, haja vista que a lei não permite a auto-organização dos municípios.
“Caarapó cumpre com todos requisitos da nova lei de resíduos sólidos, com coleta seletiva e com destino final adequado do lixo gerado no município, tudo subsidiado pela Prefeitura. Enquanto tivermos condições financeiras, não temos porquê repassar a cobrança para a população. Fomos eleitos para promover o desenvolvimento da nossa cidade e é isso que vamos fazer ”, finalizou o prefeito.