MS registra 7 casos de leishmaniose visceral em cinco cidades, diz Saúde

24 FEV 2017Por G113h00

23/02/2017 19h36 - Atualizado em 23/02/2017 19h36

MS registra 7 casos de leishmaniose visceral em cinco cidades, diz Saúde

Segundo infectologista, doença é sistêmica que vai debilitando organismo.
Em 2016, seis pessoas morreram vítima da doença no estado, diz Saúde.

 

Juliene KatayamaDo G1 MS

Mato Grosso do Sul registrou sete casos de leishmaniose visceral em cinco municípios, em 2017, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES). Segundo o infectologista Rivaldo Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é um problema sério para o estado.

O infectologista explicou que a doença é transmitida por um mosquito – que não é da família do Aedes aegypti – depois de picar um mamífero infectado. “Geralmente os cães servem de fonte de infecção para o mosquito”, disse Venâncio.

De acordo com o boletim, foram confirmados dois casos em Aquidauana e Três Lagoas, e um em Alcinópolis, Brasilândia e Ladário. Em 2016, dos 101 casos de leishmaniose visceral confirmados no estado, 25,7% foram em crianças até 4 anos e seis pessoas morreram.

Diferente de outras doenças, a leishmaniose visceral é sistêmica arrastada, ou seja, os sintomas vão aparecendo aos poucos e comprometendo o organismo. O primeiro sintoma é uma febre prolongada de 15 a 20 dias. “Vai debilitando o quadro, com anemia, problemas digestivos, vai emagrecendo e por causa disso fica desnutrido. Comprometimento maior é do fígado e do baço”, explicou.

Por ser uma doença de evolução crônica, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) encerra os casos de leishmaniose viral depois de 61 dias. Na avaliação do infectologista, a doença é um problema sério para o estado por causa da dificuldade de combater.

“O mosquito é difícil de ser controlado e cães podem ficar com um ano, ano e meio, sem demonstrar qualquer sinal”, afirmou Venâncio.

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