Após cerca de 12 horas de interdição, a BR-060 foi liberada no início da tarde desta segunda-feira (28) em Sidrolândia. O bloqueio, organizado por movimentos sociais em defesa da reforma agrária, começou por volta das 4h da manhã e gerou reflexos em diversos setores da cidade, principalmente na educação.
Segundo o secretário adjunto de Educação, João Vitor Constante, várias escolas ficaram sem professores devido ao bloqueio. “Muitos profissionais não conseguiram chegar às unidades. Tivemos que reorganizar atividades e, em alguns casos, dispensar os alunos”, afirmou.
O secretário adjunto de Educação, João Vitor constante, explicou que o impacto maior ocorreu porque mais de 50% dos professores da rede pública moram em Campo Grande e dependem da BR-060 para trabalhar em Sidrolândia. “O problema não é nas escolas do campo em si, mas pela ausência dos profissionais contratados e efetivos. São cerca de 100 professores que vêm diariamente de Campo Grande”, destacou.
Apesar do transtorno, ambulâncias e veículos com medicamentos foram liberados durante a manifestação, que manteve caráter pacífico. O protesto também serviu como repúdio ao despejo de famílias sem-terra ocorrido no último domingo (27) em Dourados.
A paralisação foi encerrada após negociações, e os manifestantes aguardam agora respostas de autoridades do INCRA e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).