Nesta quinta-feira, relembramos um caso que chegou até nós em dezembro do ano passado. Um verdadeiro TBT do crime que ilustra bem como a ousadia da criminalidade não escolhe hora nem lugar. As imagens que recebemos na época mostram, em plena luz do dia, um indivíduo invadindo uma residência em Sidrolândia e furtando uma variedade inusitada de itens: suco, mortadela, pão, banana, bala, manga e até um botijão de gás.
A cena chama atenção não apenas pelo horário do crime, mas também pelo perfil do criminoso. É visível que se trata de uma pessoa em situação de vulnerabilidade, possivelmente um adicto, alguém que acabou se envolvendo com as drogas e se tornou refém da própria condição. Mesmo sabendo que a adicção é uma doença, não podemos ignorar que esses indivíduos, muitas vezes, colocam a sociedade em risco.
O botijão de gás, provavelmente, seria vendido, enquanto o restante dos produtos — alimentos básicos — aparentam ter sido levados para consumo imediato. Esse retrato triste expõe uma realidade que vai além da criminalidade comum: trata-se de um problema social grave, um ciclo vicioso que mistura dependência química, falta de assistência e sensação de impunidade.
Infelizmente, casos como este têm se tornado cada vez mais frequentes em Sidrolândia. A cada dia, cresce o número de furtos na cidade, o que mostra que a bandidagem está perdendo o medo de agir às claras. O desafio que fica é: quem deve cuidar disso? Quem é o responsável por interromper esse ciclo? Enquanto essas perguntas seguem sem resposta, seguimos convivendo com cenas como essa, que não deveriam se repetir.