Prefeito amplia força-tarefa para tirar município do caos

17 DEZ 2017Por Rádio Jota FM/Edson Moraes23h05

O prefeito Marcílio Álvaro Benedito, de Novo Horizonte do Sul, está à frente de uma árdua luta em busca de recursos estaduais e federais para recuperar as áreas degradadas e demais prejuízos causados pelos fortes e sucessivos temporais que castigaram o município.

Desde novembro chuvas torrenciais, alagamentos e outras conseqüências do tempo vêm criando e agravando problemas, como as erosões do solo, outros impactos ambientais e seus reflexos econômicos e sociais, como a frustração das safras e a trafegabilidade viária.

Foram contabilizados 15 focos de imensas erosões num espaço de 16,8 mil hectares onde vivem e trabalham cerca de 78 famílias de produtores rurais, os maiores prejudicados pela fúria das águas. Só num dia choveu 150 mm em menos de duas horas, abrindo novas crateras e aumentando as existentes. Há erosão com dois mil metros de comprimento, mais de seis metros de profundidade e entre 40 a 50 metros de largura. O lençol freático está impactado.

“O nosso Rio Guiraí, na divisa com Jateí, emenda com o Pardo, o Ivinhema e tudo deságua no Paranazão, em direção a Itaipu”, relata. “Quando cheguei aqui, faz 24 anos, tinha trecho do rio com cinco, seis metros de fundura. Hoje nem um barco simples consegue navegar ali”, compara. Além das chuvas, outros contratempos são trazidos pelas enxurradas. A água leva a terra, desfigura o leito dos mananciais e afrouxa a massa de terra subterrânea.

Isso tudo atinge a economia primária. A bacia leiteira sofre, porque caem a produção e os preços. Os produtores migram então para outras atividades, como o plantio de mandioca e soja. No entanto, são obrigados a utilizar as máquinas e alguns fazem isso em propriedades com curvas de nível, demarcações para uso técnico da topografia em áreas vulneráveis aos alagamentos. Por causa disso, os órgãos de controle ambiental, como o Imasul e o Inamb, notificam e autuam os proprietários. Em Novo Horizonte do Sul 80% das propriedades não dispõem de curvas de nível.

Este e outros impactos provocados pelas águas e erosões precisam de soluções de curto, médio e longo prazo, segundo Marcílio. O prefeito atua em todas essas frentes. Para o socorro emergencial, além de mobilizar as parcerias dentro do Município, reveza-se em audiências nas capitais do Estado e do País. Em Campo Grande, entre outras autoridades, encaminhou suas preocupações e pedidos ao governador Reinaldo Azambuja, secretários estaduais, parlamentares e representantes de órgãos federais.

NO DISTRITO FEDERAL - Em Brasília, Marcílio faz intervenções constantes neste segundo semestre. Na próxima quarta-feira, 27, com apoio do senador Waldemir Moka (PMDB-MS) e outros parlamentares, será recebido pelo ministro-chefe de Articulação da Presidência da Republica, Carlos Marun. Entregará a ele uma planilha farta de informações técnicas e financeiras, além de um projeto amadurecido em ações diversas, como a audiência publica realizada no último dia 15, com a promotora de Justiça da Comarca, Juliana Martins Zaupa, vereadores, representantes da Prefeitura, professores e técnicos da Universidade de Ilha Solteira, da Polícia Militar Ambiental e da Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul), entre outras autoridades.

A situação de emergência foi decretada em âmbitos municipal e federal. Entretanto, a tramitação burocrática é demorada e os recursos e outras providências não chegam com rapidez.  Marcílio, porém, vem tirando leite de pedra e ajeitando algumas situações complicadas, como no caso das multas ambientais. Depois de conversar com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, e com o coronel Jefferson, da Polícia Militar Ambiental, foi atendido com a promessa de que o caso será tratado de acordo com as circunstâncias excepcionais, com a supervisão técnica dos órgãos governamentais.

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