Na tarde desta quinta-feira (2), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, oficializou a erradicação da febre aftosa sem vacinação em Mato Grosso do Sul e mais 11 estados brasileiros.

Na tarde desta quinta-feira (2), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, oficializou a erradicação da febre aftosa sem vacinação em Mato Grosso do Sul e mais 11 estados brasileiros. A solenidade ocorreu no anexo II do Palácio do Planalto, com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Essa conquista representa um marco na história da pecuária nacional, marcando o fim de mais de 50 anos de vacinação contra a doença. Desde 2022, o Governo do Estado já vinha anunciando essa vitória, que foi formalmente reconhecida em 2023, após a conclusão da última etapa para obtenção do título pelo Ministério da Agricultura.

Essa ação é parte do processo para o reconhecimento internacional pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), evidenciando a qualidade da produção pecuária nacional e do serviço veterinário oficial.

Com o status de área livre da febre aftosa sem vacinação, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados, o que trará uma redução de custo direta de mais de R$ 500 milhões.

O ministro Fávaro ressaltou a importância desse marco para o Brasil: "É o início de um processo em que o Brasil troca de patamar com um grupo de elite sanitária mundial, que é muito mais difícil se manter nessa elite. Com toda a dedicação, com os estados, todo o sistema, envolvidos, vamos atingir mercados muito exigentes, mas muito recompensadores."

O reconhecimento do país como livre da febre aftosa sem vacinação também abre portas para mercados mais exigentes e lucrativos, como o do Japão e da Coreia do Sul.

A última ocorrência da doença em território nacional foi registrada em 2006, seguida da implementação de zonas livres, que contribuíram para consolidar o Brasil como líder mundial no comércio de proteína animal, em bases sustentáveis.

Âmbito regional

Em abril de 2023, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) publicou uma portaria proibindo o uso de vacinas contra a febre aftosa no Estado de Mato Grosso do Sul, seguindo as diretrizes do PNEFA (Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa).

Além disso, a medida proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso das vacinas contra a febre aftosa nos 12 estados declarados livres da doença sem vacinação. Também fica vedado o ingresso e a incorporação de animais vacinados contra a doença.

A vacinação só poderá ser realizada mediante autorização do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, seguindo critérios estabelecidos pela portaria de nº 665/2024, publicada hoje no Diário Oficial da União.