Ricardo Silva Amaral, capoeirista Contramestre Capachão, iniciou na capoeira em Aparecida do Taboado no ano de 1996 em um projeto social, na época, ainda sem nome.

Na cidade conhecida como a "terra dos 60 dias apaixonados", pela tradição do rodeio e como destino certo para a pesca, outra cultura se destaca por gerações: a capoeira. Ricardo Silva Amaral, capoeirista Contramestre Capachão, iniciou na capoeira em Aparecida do Taboado no ano de 1996 em um projeto social, na época, ainda sem nome.

Algum tempo depois, já graduado como professor, Ricardo idealizou o Capoeira Educa, que atualmente atende aproximadamente 50 crianças do município. O projeto, com mais de 20 anos de existência, é supervisionado pelo presidente do Grupo de Capoeira Regional Brasil, Mestre Sapela, e pelo Mestre Caminhão, ensinando crianças a partir de 5 anos de idade de forma totalmente gratuita.

O programa oferece um espaço para o desenvolvimento físico, social e cultural dos participantes. Através da capoeira, os participantes aprendem sobre disciplina, respeito, trabalho em equipe e a valorizar a cultura afro-brasileira.

Ricardo destaca que “a capoeira mudou minha vida, ela me deu uma nova realidade, uma nova perspectiva de vida. [...] Tudo que eu sou e o que tenho, eu devo muito à capoeira”. Hoje, formado em Educação Física, ele atribui suas conquistas à capoeira. O Contramestre conta que, através dela, retornou aos estudos e conseguiu verba para concluir a faculdade ministrando aulas em escolas.

Para celebrar a efetividade do programa, anualmente é realizado em Aparecida do Taboado o Festival de Capoeira, que já está em sua décima quarta edição. Neste festival, diversos grupos de capoeira de outras cidades se encontram, acontecem palestras, rodas de capoeira onde os atletas demonstram suas habilidades e compartilham a riqueza cultural da capoeira, além de oficinas, apresentações culturais, campeonatos e o batizado e troca de cordas.