Vozes de inclusão: histórias de resiliência e cultura nordestina

Entrevistas com convidados do "Bom Dia Jota" revelam caminhos para a aceitação e a construção do centro de tradições nordestinas em Aparecida do Taboado

25 MAR 2024Por Redação Ap.Taboado 13h09

No último sábado, durante o programa especial "Bom Dia Jota", apresentado por Nilda Telles, o Centro de Tradições Nordestinas (CTN) em Aparecida do Taboado foi o destaque da pauta. Os convidados irreverentes Professor Jair e Gabrieli Almeida compartilharam suas experiências e visões sobre essa iniciativa que promete não apenas celebrar a cultura nordestina, mas também integrar e acolher a comunidade.

Gabrieli Almeida, que reside na cidade, destacou a necessidade de um espaço que acolha a comunidade nordestina e que também combata o preconceito enfrentado por essas pessoas. Segundo ela, desde que chegou a Aparecida do Taboado, percebeu a falta de estrutura e de acolhimento para essa parcela da população. O CTN não será apenas um espaço cultural, mas também um ponto de apoio social, reconhecendo a importância de olhar para além das questões culturais.

O diferencial do CTN local está justamente na abordagem inclusiva, reunindo tanto nordestinos quanto simpatizantes em um esforço conjunto para sua realização. Enquanto muitos CTNs se concentram exclusivamente em atividades culturais, este projeto visa desempenhar um papel mais amplo na sociedade, priorizando o acolhimento e a integração social.

Em uma entrevista emocionante, Erika e Joyce,  recém-casadas, compartilharam sua jornada de amor e aceitação em Aparecida do Taboado. Criadas em um ambiente que tradicionalmente direciona as mulheres para o papel de cuidadoras de casa e filhos, ambas enfrentaram desafios pessoais para buscar sua própria felicidade.

Erika revelou que seu casamento anterior, "o tradicional", chegou ao fim quando ela reconheceu sua atração pelo mesmo sexo. Encorajada por suas filhas a lutar pela felicidade, independente do julgamento alheio, Erika encontrou em Joyce uma parceira de vida que a apoia e a respeita integralmente. Por sua vez, Joyce, que tambem teve um casamento tradicional, encontrou na determinação e  força de Erika os traços que a conquistaram.

O casal, que se conheceu no estabelecimento de Erika, o Boi Bom, onde ela é proprietária, ressaltou a importância do respeito mútuo em qualquer relacionamento, seja ele hetero ou homoafetivo.

Essas histórias inspiradoras refletem não apenas a diversidade da comunidade de Aparecida do Taboado, mas também a importância de espaços e relações que promovam inclusão, respeito e aceitação. O CTN surge como um símbolo dessa missão, e casais como Erika e Joyce demonstram que o amor verdadeiro transcende qualquer barreira.

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