Em audiência de custódia, Justiça mantém prisão de jovem que abortou

31 OUT 2019Por DouradosAgora/Por: Chrisciane Cabral09h07

A manicure de 21 anos, moradora em Dourados, acusada de matar o filho após aborto provocado por ela no dia 17 de outubro deste ano, vai continuar presa.

Em audiência de custódia realizada na tarde de ontem (30), a Justiça manteve a prisão preventiva decretada no dia 18.

Por apresentar problemas psicóticos, a jovem vai continuar internada no HU (Hospital Univeristário) sob escolta da Polícia Militar. Depois da alta, ela deverá ser encaminhada para um presídio feminino.

O caso

Em depoimento à delegada Paula Ribeiro horas após o parto a jovem confessou o crime. A manicure contou que percebeu o cordão umbilical enrolado no pescoço do recém-nascido e puxou de propósito para enforcar a criança.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, no depoimento a mulher disse que tinha noção do risco de morte do bebê, mas pensou na reação dos familiares, principalmente da sua mãe que, segundo ela, "era capaz de expulsá-la da casa se descobrisse que estava grávida".

O advogado da jovem disse que vai pedir a liberdade da manicure em recurso ao Poder Judiciário nos próximos dias. Segundo ele, ela vai continuar internada, sob cuidados médicos. Ainda não há previsão de alta.

O Delegado responsável pela investigação do caso, Wisnton Garcia, encaminhou o inquérito ao Poder judiciário e caberá ao Ministério Público decidir se a denúncia será por infanticídio cuja pena é de 2 a 6 anos, ou por homicídio qualificado, cuja pena varia de 12 a 20 anos.

 

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