29 de Março de 1882 aconteceu o primeiro voo no Rio de Janeiro de um balão dirigível

O "Le Victoria", criado pelo paraense Júlio Cezar Ribeiro de Souza (1843-1887), inventor reconhecido como pioneiro no desenvolvimento da dirigibilidade aérea.

29 MAR 2021Por Redação00h01

Um ano antes, Ribeiro de Souza foi para Paris, subsidiado pelo governo do Pará, para construir o balão que ele batizou de “Le Victoria” em homenagem à sua mulher, Victoria Filomena do Vale. Patenteou a invenção em dez países. No final do ano, o balão ficou pronto: tinha 10 metros de comprimento e 2 metros de diâmetro na proa.

Nos dias 8 e 12 de novembro de 1881, o invento foi testado com sucesso diante da imprensa francesa. No Brasil, foram feitas demonstrações no Pará, em 25 de dezembro de 1881, e no Rio de Janeiro, em 29 de março de 1882, sendo que nesta última o balão sofreu um rombo, ficando seriamente avariado. Ribeiro de Souza construiu um segundo balão, com 52 metros de comprimento e 10,4 metros no maior diâmetro, batizado de “Santa Maria de Belém”. Em 12 de julho de 1884, na Praça da Sé em Belém, Ribeiro de Souza tentou realizar a ascensão de seu grande balão, mas sem sucesso. Menos de um mês depois, dois capitães franceses, Charles Renard e Arthur Constantin Krebs, a bordo do balão La France, que media 50,4m de comprimento por 8,4m de maior diâmetro, executaram o primeiro circuito fechado em um balão. Por essa façanha, eles entraram para a História como os inventores do balão dirigível.

 

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