O problema do lixo atinge todo o Brasil e de acordo com o vice-presidente da ABLP (Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública), Clovis Benvenuto, a ampliação da coleta seletiva e a conscientização da população para que separe o lixo reciclável é o caminho para amenizar os problemas que atingem Campo Grande.
O Estado, de acordo com ele, tem taxa de recuperação de recicláveis acima que a média nacional, são 5,56% contra 4,08% a nível nacional. O que Benvenuto pondera é que essa taxa não é necessariamente de reciclados. Mas ainda assim a cidade precisa da ampliação na coleta seletiva e da ajuda da população para que o sistema dê certo.
Como engenheiro e empresário do setor de consultoria e projetos ambientais, ele afirma que não se deve permitir os catadores no lixão e por isso uma ampliação da coleta. "Nunca se deve deixar o catador no lixão. O lixão tem que ser recuperado em encerrado. A condição da cidade está progressiva".
Ele alega que como a cidade tem um aterro sanitário está a frente nas questões de impacto ambiental. "Claro, vamos investir em seletiva, reciclagem, geração dos recicláveis para fazer a economia circular. O reciclável tem que se tornar reciclado. A coleta seletiva é meio e não fim".
Benvenuto acredita que em 20 ou 30 anos uma mineralização pode ser feita no antigo lixão para que haja a mineração dos componentes. "Vai inertizar o resíduos e de certa forma minerar".