O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Paulo Corrêa (PSDB), destacou a inovação e sustentabilidade no projeto apresentado pelo Governo Estadual chamado “Ilumina Pantanal”, que pretende universalizar a energia elétrica, oriunda de placas de energia solar, para os pantaneiros até o final do próximo ano, realizando um sonho antigo da população. Os custos de investimentos devem chegar a R$ 134 milhões.
Ao lado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), do secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mauricio Saito, do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Jonathan Barbosa, e do diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, Corrêa frisou que o Pantanal já conta com inúmeros investimentos em infraestrutura, por parte do atual governo de MS, e elogiou o projeto.
“Estamos falando aqui de uma tecnologia de altíssimo nível e de uma energia limpa. Isso contribui para o desenvolvimento, com sustentabilidade e preservação deste importante bioma. Mato Grosso do Sul, mais uma vez está sendo exemplo para o país”, afirmou o presidente da ALEMS.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, o projeto prevê a ligação de energia elétrica em 2.167 propriedades isoladas nos municípios de Aquidauana, Corumbá, Coxim, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso. Só neste ano, serão instaladas 1.300 unidades consumidoras. As outras 867 serão fixadas até 2022.
“Fizemos uma ampla parceria. Até o ano que vem atenderemos grandes, médias e pequenas propriedades, além de ribeirinhos e moradores tradicionais da região pantaneira. É um programa que abrange todos. Serão 90 mil quilômetros quadrados de nova cobertura. Estamos falando de uma área territorial que é quase o tamanho de Portugal, ou superior aos países da Dinamarca e Holanda juntos. Não terá custo nenhum de instalação dos sistemas para os proprietários, que pagarão apenas uma tarifa social todos os meses pelo uso, uma média de R$ 30”, explicou Reinaldo Azambuja.
O Projeto prevê criação de 2.167 novas unidades consumidoras no Pantanal até o próximo ano. Deste total, 2.090 serão no sistema solar e as outras 77 receberão modelo tradicional de transmissão de energia elétrica. Ainda em 2021, a expectativa é que cinco mil pessoas que vivem em áreas remotas do bioma e que atualmente não conta com o serviço, possam ser alcançadas pelos projetos da energia solar, com menor impacto ambiental e possível de ser instalado inclusive em áreas de difícil acesso.
A partir de julho, a maioria das unidades consumidoras atendidas terão instalados microssistemas individuais de geração solar fotovoltaica e armazenamento da energia excedente em baterias. Dessa forma, o fornecimento de energia limpa e ininterrupta aos clientes fica garantido mesmo durante a noite e em dias chuvosos ou nublados, quando há pouca incidência da luz solar.
“Universalizar o acesso à energia numa região tão importante para o desenvolvimento sustentável brasileiro é um grande passo na história do Grupo Energisa. Para alcançar este objetivo, investimos em inovação e sustentabilidade, criando uma solução pioneira que vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população local e o crescimento socioeconômico do pantanal, preservando a fauna e a flora do bioma”, afirmou o diretor-presidente da Energisa MS.
O secretário Jaime Verruck destacou que o "Ilumina Pantanal" reflete a política de desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul, implantada pelo Governo do Estado, e promove um salto na qualidade de vida da população de toda a região pantaneira, além de proporcionar ganhos significativos para as atividades econômicas das comunidades ribeirinhas e de produtores rurais. “Temos a implantação efetiva de uma política pública, com o Governo Federal, Energisa e Governo do Estado promovendo a universalização do acesso à energia elétrica a todo o Mato Grosso do Sul. Estamos atingindo 100% do Pantanal, atendendo comunidades ribeirinhas e produtores rurais de toda a região, duas populações extremamente importantes", pontuou.