Mais de 50% das cidades de MS vão iniciar 2019 “no vermelho”

Dívidas e atrasos no pagamento de fornecedores estão entre dificuldades citadas

18 DEZ 2018Por Correio do Estado08h32

Mais da metade dos municípios de Mato Grosso do Sul vai iniciar 2019 com dificuldades financeiras, dívidas e atrasos de pagamento a fornecedores. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou a pesquisa sobre Pagamento do 13º Salário pelos Municípios brasileiros em 2018, que mostra que 51 municípios de MS deixarão “restos a pagar” para o próximo ano, ou seja, começarão 2019 com despesas em aberto.

Outras 22 prefeituras informaram que vão quitar todas as suas despesas ainda este mês, e cinco não souberam responder, “pois dependem de receitas extras”. Apenas um município sul-mato-grossense não respondeu a pesquisa da CNM. Além disso, 34 prefeituras declararam atrasos no pagamento de fornecedores e 44 disseram que os débitos estão em dia.

“A situação é mais complicada do que os dados apresentam. Não quer dizer que quem paga em dia não está em dificuldades”, afirma o presidente da CNM, Glademir Aroldi. O líder municipalista diz que os prefeitos estão cortando despesas de custeio, reduzindo o número de funcionários e de cargos comissionados, além de enxugar a frota e mudar o horário de expediente. “Mesmo assim, não estamos dando conta”, salienta.

“A quantidade de recursos não suporta a demanda que os municípios têm. São 5,5 mil municípios vivendo 18% da receita. Todo ano é esse sufoco, e os municípios precisam empurrar as contas pro ano seguinte, para tentar quitar”, afirma Pedro Caravina, prefeito de Bataguassu e presidente da Associação dos Municípios de MS (Assomasul)

 

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