Mãe é presa por matar bebê de 9 meses em ritual de magia negra em MS

Criança tinha marcas de cigarro e tinta por todo o corpo ao chegar ao hospital

05 AGO 2021Por Redação10h15

Os pais de um bebê de 9 meses e dois curandeiros de uma aldeia na cidade de Miranda a 203 quilômetros de Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (5). O bebê foi submetido durante quatro dias a rituais espirituais.

Segundo as investigações policiais, o bebê havia sido levado em fevereiro deste ano ao hospital já morta, com diversas queimaduras e lesões pelo corpo, todas circuladas com uma tinta vermelha e cobertas por uma espécie de pó preto e possuía um terço com cruz de maneira envolto em seu pescoço. 

Ainda segundo a investigação, o bebê foi levado para o hospital pelos pais que alegaram apenas que estava com “sapinho”. A mãe que estava bem tranquila teria dito de forma dissimulada, que o bebê ainda estava vivo e que apenas tinha “sapinho”. Mas, quando foi atendida na triagem hospitalar, a enfermeira já constatou que a criança estava em óbito há, pelo menos, 40 minutos. 

O bebê, que estava saudável e bem nutrido, apresentava diversas queimaduras, que pareciam ser de cigarro quente, na orelha, braço e no tórax, circuladas de uma espécie de tinta vermelha. A criança também possuía três bolhas de queimaduras e um hematoma na virilha, também circuladas por tinta vermelha e com a presença de substância de pó preto. Somando-se a isto,

No hospital, a criança estava com um terço de madeira envolto no pescoço. Algumas das lesões já estavam em fase de cicatrização, sugerindo que foram realizadas continuamente há alguns dias. Os funcionários e médicos do hospital informaram que não existia nenhum indício de “sapinho” na criança. O laudo necroscópico concluiu que a criança morreu de septicemia - infecção generalizada, provavelmente decorrente da lesão na virilha.

Os pais quando interrogados deram versões contraditórias sobre as lesões e incompatíveis sob o ponto de vista médico, chegando a relatar que os ferimentos surgiram no mesmo dia e “do nada”. Só depois que os pais confessaram que levaram o bebê de 9 meses a uma dupla de curandeiros locais. A criança foi submetida a procedimentos espirituais durante 4 dias seguidos, num local chamado “santuário”, onde existiam a presença de diversas imagens de entidades religiosas. 

Informaram que as lesões no corpo surgiram após os rituais e que a mancha de pó preto e tinta vermelha também são oriundas destes procedimentos, que duravam aproximadamente 1 hora. Um dos curandeiros também informou que fizeram os referidos procedimentos ritualísticos - “simpatias” - com a criança, para a sua “cura”. Os quatro acabaram presos. 

 

 

Reprodução: Mídiamax

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