Após denúncia, prefeito Tuta vira réu por improbidade administrativa

No dia 27 de março de 2019, o Portal MGSnews publicou matéria apontando que a população de Ivinhema, região Sul estava revoltada com a suposta lentidão na apuração da denúncia relativa a improbidade administrativa contra o prefeito Tuta

05 AGO 2020Por Jeferson Bezerra/MGS News08h55

O Ministério Público Estadual ofereceu ação civil pública de improbidade administrativa contra o prefeito de Ivinhema Uilson França Lima (PSDB), agora ele é considerado réu pelo Tribunal de Justiça, que vai conduzir o processo contra autoridades com foro privilegiado.

As investigações estão correndo em segredo de justiça, o que tem deixado o vereador Juliano Ferro insatisfeito. "Fizemos o pedido de compartilhamento de provas para termos acesso ao teor do caderno acusatório, mas dificultaram tudo, iremos tentar através de outros recursos extraordinários possíveis no campo do direito, queremos propor que um advogado seja assistente de acusação, apontando provas e testemunhas", mencionou o parlamentar.

No dia 27 de março de 2019, o Portal MGSnews publicou matéria apontando que a população de Ivinhema, região Sul estava revoltada com a suposta lentidão na apuração da denúncia relativa a improbidade administrativa contra o prefeito Tuta, esta foi processada na Promotoria praticamente após três anos do recebimento da denúncia realizada na na Câmara Municipal em 18 de setembro de 2017, sob a autoria do vereador Juliano Ferro (PR). Nesta ocasião o parlamentar utilizou a tribuna para fazer uma acusação gravíssima contra o chefe do executivo, no qual relatou um esquema de pagamento de dinheiro para vereadores da base da administração, uma espécie de ‘mensalinho’.

Conforme apurou a redação do MGS News, Juliano Ferro na presença de dezenas de cidadãos destacou que após assumir o cargo de presidente interino foi chamado pelo prefeito Tuta para estar no seu gabinete para o incluir num esquema de corrupção, “aonde ele me chamou para fazer parte do modo de corrupção, aonde nós iriamos desviar o dinheiro da Câmara, um repasse de R$ 50 mil reais, que iria ser desviado, aonde ele ia me repassar, R$ 25 mil reais”, conta o vereador na época, em um trecho da tribuna.

Ainda durante a denuncia o vereador destacou que “eu fui dando corda para ele (Tuta), e fui levando ele, porque acho que ele ta acostumado mexer com políticos podres e da mesma classe do tipo dele, e hoje ele bateu com um homem honesto”, disse Juliano.

Na representação feita na Promotoria de Justiça pelo vereador Juliano Ferro, demonstra que o dinheiro repassado pela prefeitura mensalmente, uma quantia que seria R$ 50 mil reais era devolvida ao executivo, no qual o prefeito supostamente repassava R$ 25 mil para o presidente da câmara e o restante ficaria com o mesmo que repassava deste dinheiro R$ 2 mil reais para 5 vereadores da sua base.

Juliano durante a sessão apresentou o dinheiro que supostamente recebeu do prefeito Tuta e que todo o dinheiro e serie das numerações da cédula estarão sendo investigadas. Agora a ação civil pública abrirá prazos para a apresentação da defesa do prefeito Tuta, a manifestação da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), onde o vereador Juliano poderá ingressar como assistente de acusação, clareando as provas possíveis de serem produzidas nos autos pela condenação dos envolvidos.

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